quinta-feira, 20 de junho de 2013

Touradas arruínam economia dos Açores


Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores (MCATA)

Comunicado




MCATA manifesta que as touradas não trazem nenhum benefício económico

Muitas vezes é afirmado que as touradas são uma mais-valia económica para a ilha Terceira, por movimentar um importante volume de negócio no sector da venda de comidas e bebidas. Mas a verdade é que estes benefícios, que favorecem um sector económico certamente bastante reduzido, não dependem realmente da realização de touradas e sim da realização de qualquer tipo de festividade, como fica demonstrado pela idêntica vitalidade que este sector experimenta nos eventos e festividades sem nenhuma relação com a tauromaquia ou também nas numerosas festas, sem touradas, que acontecem nas outras ilhas.

E se olhamos para o produto mais consumido durante as touradas, a cerveja, vemos que, sendo este um produto importado, produzido fora da região, o seu consumo não traz nem produz nenhuma riqueza. Antes pelo contrário, é dinheiro que sai da região.

Falando propriamente das touradas, estas apresentam muitos aspetos económicos puramente negativos. Para começar, como acontece com qualquer tipo de espetáculos, as touradas não são uma atividade produtiva. Economicamente não produzem nenhuma riqueza nem recursos, unicamente os consomem.

Consomem, por exemplo, o dinheiro que durante as festas do Espírito Santo deveria ser destinado à solidariedade, à partilha, à oferta aos mais carenciados da sociedade, e que no entanto acaba por ser gasto maioritariamente nos touros. É portanto um dinheiro que, longe de respeitar o significado tradicional das festas, longe de ajudar as pessoas necessitadas da freguesia, cada vez mais abundantes nas atuais circunstâncias, é gasto no efémero espetáculo dos touros, sem proveitos, e que ainda acaba por levar algumas pessoas feridas para o hospital.

Consomem também o dinheiro das autarquias, como a de Angra do Heroísmo, que oferece cada ano 150 mil euros só para a realização de touradas de praça. E também consome muito dinheiro que o governo regional deveria destinar a políticas sociais muito mais necessárias mas que acaba, no entanto, por ir parar a futilidades como os 75 mil euros gastos num fórum tauromáquico ou os 150 mil euros gastos num monumento ao touro. Todo somado, o dinheiro público mal gasto no espetáculos das touradas dá uma elevadíssima quantia anual que a ilha, no atual contexto económico, não pode permitir-se desperdiçar por mais tempo.

E ainda podemos falar dos efeitos negativos para a economia que a contínua realização de touradas, mais de uma por dia, acaba por ter na produtividade dos terceirenses. Ou também das pastagens, públicas e privadas, destinadas atualmente para a cria de gado bravo e que não são aproveitadas para a produção de riqueza. Ou também do efeito negativo que as touradas têm sobre o turismo, quando os turistas estrangeiros procuram principalmente um turismo de natureza, oposto ao maltrato animal que é repudiado e considerado ilegal nos seus países.

Assim, para o MCATA fica claro que as touradas são na realidade um enorme buraco negro para a economia da Terceira e que a ilha só ganhava reduzindo o seu número ou mesmo acabando, no futuro, definitivamente com elas.

Açores, 17 de Junho de 2013
A Equipa do MCATA

domingo, 16 de junho de 2013

TopAtlântico apoia tauromaquia. Boicote e escreva-lhes



A Agência de Viagens TopAtlântico (https://www.facebook.com/topatlantico) está a promover as touradas integradas nas Sanjoaninas 2013. Escreva um e-mail a protestar pelo facto de as touradas, para além de serem um espetáculo bárbaro, constituírem um péssimo cartão de visita para uma região como os Açores. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.

Para: lajes@topatlantico.com, terceira@topatlantico.com, s.miguel@topatlantico.com, horta@topatlantico.com, saldanha.cb@topatlantico.com, grupos.turismo@topatlantico.com,
Cc: governoregional@azores.gov.pt , info@artazores.com, acoresmelhores@gmail.com

Exmos Senhores,

Foi com perplexidade e alguma tristeza que tomámos conhecimento que a Vossa empresa está a promover as touradas integradas nas Sanjoaninas que se realizarão em Angra do Heroísmo entre os próximos dias 21 e 29 de Junho.

Como é do Vosso conhecimento as touradas para além de constituírem um espetáculo bárbaro desconceituarem a nossa terra aos olhos dos estrangeiros, cultos e amigos da natureza e dos animais, que nos visitam, são um dos veículos de promoção da insensibilidade e de deseducação para com o respeito que todos devemos ter para com os animais.

Como pessoas que querem o progresso da nossa Terra repudiamos a atitude da TopAtlântico e apelamos para que reconsiderem a Vossa atitude. Os Açores não precisam do contributo de instituições que promovem o retrocesso civilizacional.

Com os melhores cumprimentos

(Nome)

(Localidade)



The “TopAtlântico” travel agency ( https://www.facebook.com/topatlantico) promotes bullfighting in its Sanjoaninas 2013 program. Write an email to protest that the bullfights are, besides barbarian, a lousy visit card for a region like the Azores. You can use the text below or customize it to your liking.

To: lajes@topatlantico.com, terceira@topatlantico.com, s.miguel@topatlantico.com, horta@topatlantico.com, saldanha.cb@topatlantico.com,grupos.turismo@topatlantico.com,
Cc: governoregional@azores.gov.pt, info@artazores.com, acoresmelhores@gmail.com

Gentlemen, With amazement and sadness we noticed that your company is promoting bullfighting as part of the Sanjoaninas Festival in Angra do Heroísmo between June 21 and 29, 2013. As you know bullfights are not only a barbaric spectacle degrading our country in the eyes of foreign animal and nature friends who visit us, but also the instruments promoting miseducation and lack of our due respect for animals. As people, who strive for the progress of our country, we reject this attitude of TopAtlântico and we call on you to change your attitude. The Azores are not waiting for institutions that promote the deterioration of our civilization.
With the kind regards,
(Name)
(Place)