sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Comunicado MCATA: Cidadãos protestam pela realização de touradas no concelho da Ribeira Grande



Cidadãos protestam pela realização de touradas no concelho da Ribeira Grande

Mil cento e quarenta e duas (1142) pessoas assinaram a petição enviada esta semana ao presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, protestando pela recente realização de diversas touradas no município.

Os subscritores da petição pedem taxativamente ao Presidente da Câmara Municipal, Dr. Alexandre Gaudêncio, que cumpra a deliberação aprovada na Assembleia Municipal de impedir o licenciamento de touradas no concelho.

No texto da petição, os peticionários manifestam a sua indignação pela importação para este concelho do norte da ilha de São Miguel de um espectáculo que nem faz parte da tradição concelhia, considerando ainda que as touradas são um espectáculo retrógrado, envolvendo maltrato e tortura de animais, que está a ser banido de todos os países do mundo onde ainda se realizam, não podendo ficar o concelho da Ribeira Grande à margem da modernidade, e muito menos introduzir agora estes costumes anacrónicos.

Os assinantes também manifestam a sua preocupação pelo facto de este tipo de espectáculos violentos produzirem frequentemente numerosos feridos, ou até mortos, nas localidades onde se realizam. É de lembrar que na Terceira e nas outras ilhas as touradas à corda serem responsáveis, cada ano, em média, por uma pessoa morta e por mais de 300 feridos.

Os cidadãos apelam, assim, ao presidente da Câmara Municipal para que o concelho se converta num referente no respeito pelo cuidado e bem-estar dos animais, no apego aos valores naturais e no desenvolvimento do turismo de natureza, actividades incompatíveis com a introdução da prática das touradas, caracterizadas por insensibilizar e deseducar as pessoas sobre a violência exercida sobre os animais.

Para além do exposto, é lamentável que estas touradas se tenham realizado em bairros ou locais do concelho da Ribeira Grande onde existem e são patentes graves problemas sociais, parecendo que existe uma estratégia, por parte de alguns responsáveis, de criar uma “cultura para pobres” onde o álcool e o maltrato de animais são os protagonistas, condenando estas pessoas a uma maior degradação cultural, muito longe da obrigação democrática de qualquer entidade oficial de elevar o nível cultural dos cidadãos.

O texto da petição pode ser visto em:
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=anti-tourada


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
12/12/2014



Foi assim este ano

sábado, 22 de novembro de 2014

Mais 8.686 euros para a tauromafia


Segundo o Secretário Regional de Agricultura a tauromaquia "faz parte integrante do património e da cultura popular nos Açores". Não é cultura, mas serve para aumentar, e muito, o património dos tauromafiosos da Terceira.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Escreva à deputada Sofia Ribeiro


Envie à Deputada Europeia dos Açores, Sofia Ribeiro, o texto abaixo ou outro de sua autoria a mostrar o seu desapontamento por ela ter votado pela continuação do apoio à tauromaquia e a solicitar que reveja a sua posição.

sofia.ribeiro@europarl.europa.eu


Exma Senhora Deputada

No passado dia 22 de Outubro foi votada no Parlamento Europeu uma proposta do eurodeputado holandês Bas Eickhout para que os subsídios concedidos pela União Europeia no âmbito da Política Agrícola Comum deixassem de poder ser utilizados na criação de touros para a tauromaquia.

Conhecendo o passado sindicalista de V. Exª, que durante alguns anos lutou por uma vida mais digna para a classe docente, lamentamos que tenha votado para que fundos que podiam ser usados na produção de bens alimentares ou no apoio a projetos caráter social ou cultural continuem a ser usados para a tortura de animais.

Embora com a sua ação tenha prestado um péssimo serviço a todos os portugueses e desiludido muitos dos seus eleitores, vimos apelar a que reflita sobre o assunto e que numa próxima oportunidade reconsidere a sua posição e vote em prol dos verdadeiros interesses do país e dos direitos dos animais.

Com os melhores cumprimentos

(Nome)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Comunicado MCATA: Não ao maltrato de crianças durante as festas Sanjoaninas

Não ao maltrato de crianças durante as festas Sanjoaninas

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) denuncia a exposição de crianças a situações de risco físico evidente e de maltrato psíquico durante os eventos tauromáquicos integrados nas festas Sanjoaninas de Angra do Heroísmo.

Como acontece todos os anos, as crianças são expostas a situações de risco, com evidente falta de preocupação em relação à sua segurança, durante a chamada “Espera de gado para crianças”, onde as crianças são incentivadas a provocar e a correr diante dos touros. Também acontece todos os anos a chamada “Tourada para crianças”, realizada na praça de touros da ilha Terceira, onde crianças de tenra idade, trazidas de instituições educativas, assistem a um espectáculo violento com derramamento de sangue, por vezes chegando mesmo a participar outras crianças na arena na tortura dos animais.

Apesar da lei ter aumentado a idade para as crianças assistirem aos espectáculos tauromáquicos nas praças de touros de seis para doze anos, ainda continua a ser frequente a presença de crianças, mesmo de crianças ao colo, nas touradas de praça integradas nas festas Sanjoaninas.

Perante esta alarmante situação de desrespeito pelas crianças, pela sua segurança e também de desrespeito pela lei, o MCATA irá denunciar a Câmara de Angra do Heroísmo e o Governo Regional às autoridades competentes na matéria, como o Comité dos Direitos das Crianças da ONU, a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR) e o Provedor de Justiça.

Relembramos que o Comité dos Direitos das Crianças da ONU reconheceu recentemente que a “violência física e mental associada à tauromaquia” pode ter efeito nas crianças e recomendou a Portugal a adoptar “as medidas legislativas e administrativas necessárias com o objectivo de proteger todas as crianças que participam em treinos e actuações de tauromaquia, assim como na qualidade de espectadores”.

Fotografias relativas a esta denúncia podem ser vistas em:
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/p/criancas-em-touradas.html


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
18/09/2014






terça-feira, 19 de agosto de 2014

Apelo ao Senhor Bispo


TENTA NAS FESTAS DE SANTO ANTÓNIO DA VITÓRIA NA ILHA GRACIOSA - AÇORES
Está programada uma tenta comentada inserida nas Festas de Santo António da Vitória na Ilha Graciosa, promovida por uma comissão de festas ligada à Igreja Católica dos Açores.
Escreva a protestar contra tal iniciativa.
Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.

Enviar para:
geral@diocesedeangra.pt, bensaude@bensaude.pt, presidencia@azores.gov.pt, geral@cm-graciosa.pt, radiograciosa@sapo.pt, matpalicemoderno@gmail.com

Exmo. e Revmo. Senhor
Dom António de Sousa Braga
À administração do Grupo Bensaúde
c/conhecimento: Presidente do Governo Regional dos Açores e Presidente da Câmara Municipal da Graciosa e Rádio Graciosa.
Tomámos conhecimento que a Comissão de Festas de Santo António da Vitória irá promover, pela primeira vez, no próximo dia 23 de Agosto, uma tenta (ver*) comentada que conta com o apoio da BENTRANS numa ilha onde a desertificação humana não é travada e onde uma parte significativa da população é carenciada.
Embora não seja caso único, é com estranheza que vemos que gente que se diz cristã promove maus tratos a animais, aliás condenados pela própria Igreja. Com efeito, um texto do Papa Pio V, datado de 1567, reforçando um decreto saído do Concílio de Trento desse mesmo ano, é muito claro na condenação desta prática, dizendo que "com espectáculos desta natureza mais se ofende a Deus do que se lhe presta culto".
Por considerarmos que as tentas, espetáculos em que
que se maltratam animais, são contrárias ao estipulado no Evangelho;
Por considerarmos que o papel da Igreja devia ser ao lado dos fracos e não dos poderosos como são quem beneficia com a tauromaquia, vimos manifestar o nosso repúdio.
Com a esperança de que V. Rev. use a sua influência junto da comissão de festas para que cancele o bárbaro evento e para que de futuro, as festas promovidas sejam isentas de maus tratos aos animais.
(*) http://mgranti-touradas.blogspot.pt/2012/06/tenta.html
Com os melhores cumprimentos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

APELO - Vacada em Água de Pau


Está prevista a realização de uma vacada na freguesia de Água de Pau, ilha de São Miguel, integradas nas festividades de Nossa Senhora dos Anjos.

Escreva ao Bispo dos Açores a pedir para que mande cancelar o evento. Divulgue por todos os seus contatos. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.

Contatos:
Para: geral@diocesedeangra.pt,
Cc: saomiguelsemtouradas@gmail.com



Exmo. e Revmo. Senhor
Dom António de Sousa Braga

Tomei conhecimento através de uns cartazes que a Comissão de Festas de Nossa Senhora dos Anjos vai promover, no próximo dia 9 de Agosto, uma vacada na freguesia de Água de Pau, Concelho de Lagoa, nos Açores.

Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara de oposição às touradas e outros ditos espetáculos com bovinos, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espetáculos alheios de caridade cristã;

Considerando que as touradas, vacadas e garraiadas em nada contribuem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas;

Considerando que entre a população local há paroquianos que estão descontentes com o uso das suas contribuições para fins que em nada servem para a elevação moral e ética dos habitantes de Água de Pau;

Considerando que a hierarquia da Igreja deve dar o exemplo para todos os crentes.

Vimos apelar a V. Rev. para que intervenha junto do pároco local e da comissão de festas para que a referida vacada não se realize.

Atentamente


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Não deixe para amanhã ...


Ribeira Grande pelo património natural e cultural, livre de espetáculos com touros

Para:
Exmo. Sr. Presidente da Câmara da Ribeira Grande,
Exmos. Srs. Vereadores da Câmara da Ribeira Grande,

Nos últimos anos temos assistido no concelho da Ribeira Grande à promoção e realização de espetáculos de tourada à corda à moda daqueles que são realizados na ilha Terceira. Estas atividades, geralmente anunciadas como “vacadas”, têm sido realizadas sem ter nunca um claro licenciamento e enquadramento legal no município.

Sob esta consideração, a Assembleia Municipal da Ribeira Grande aprovou recentemente uma recomendação à Câmara Municipal “para o não licenciamento de atividades com touros, salvaguardando a segurança das pessoas e animais”. A Assembleia Municipal salienta na sua recomendação que na Ribeira Grande não existe tradição de touradas em nenhuma das suas freguesias, que não existem as condições objetivas nem de segurança para a sua realização, que não existe um regulamento municipal que preveja o seu adequado licenciamento, que não existem funcionários municipais com experiência para as acompanhar e fiscalizar e, finalmente, que “não existe a garantia prévia ou meio de prova que salvaguarde a segurança das pessoas nem a consagração dos princípios de respeito pelos animais e demonstração da utilidade da promoção de atividades deste tipo”. Infelizmente a Câmara Municipal entendeu agora não respeitar esta recomendação.

Nós, cidadãs/ãos, consideramos que práticas de entretenimento com animais como a tauromaquia são uma expressão de insensibilidade e de violência que deseduca e em nada dignifica às pessoas nem o bom nome do concelho.

Achamos incompreensível que estas práticas sejam agora autorizadas na Ribeira Grande, ou mesmo na ilha de São Miguel, onde não existe nenhuma tradição de touradas. Consideramos ainda que a importação à Ribeira Grande destes retrógrados espetáculos, que já foram banidos em muitos países, até naqueles denominados de "países do terceiro mundo", e são cada vez mais rejeitados em todo o mundo, significa um claro retrocesso civilizacional para o nosso município.

Ainda, salientamos que a realização deste tipo de espetáculos violentos provoca numerosos feridos entre os assistentes, muitas vezes graves, e até mortos, os quais não deveriam pesar nunca na consciência das/os cidadãs/aos ribeiragrandenses, nem dos seus governantes.

Num concelho que quer ser respeitado pela sua modernidade, pelo seu apego e proximidade aos valores naturais, pelo desenvolvimento do turismo de natureza e pelo seu cuidado e bem-estar dos animais, não existe lugar para este tipo de espetáculos degradantes para animais e pessoas.

Assim, através da presente petição, ferramenta de participação cívica, as/os cidadãs/ãos subscritoras/es, apelam à Câmara Municipal da Ribeira Grande que, enquanto poder executivo cumpra a deliberação da Assembleia Municipal de impedir o licenciamento de touradas no nosso município, mantendo o nosso concelho livre de todo tipo de espetáculos com touros;

Coletivo Alice Moderno e Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores


Assine aqui: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=anti-tourada


quinta-feira, 17 de julho de 2014

PROTESTA | SATA ao serviço da indústria tauromáquica

A SATA, companhia aérea dos açores é uma empresa que apregoa o seu compromisso com a sustentabilidade, o respeito pela biodiversidade, a solidariedade social, o apoio o à cultura mas que simultaneamente possui uma prática de apoio à tortura de animais, traduzida nas parcerias que tem feito com a Tertúlia Tauromáquica Terceirense através da disponibilização de pacotes que incluem ingressos para touradas de praça durante as sanjoaninas.

Como se isto não bastasse, a SATA acabou de remeter um e-mail aos seus clientes com o assunto OLÉ! No qual faz a promoção de viagens Açores-Madrid pelo preço mínimo de 199€, apresentando como imagem uma praça de touros.

Manifeste à SATA o seu descontentamento, enviando o texto abaixo ou outro da sua autoria.

SRTT-Info@azores.gov.pt
contacto@sata.pt 


Exmo Senhor Secretário Regional do Turismo e Transportes
Exmo Senhor Presidente do Grupo SATA

Tendo conhecimento que a SATA tem promovido a tortura de animais de que são exemplo as parcerias que tem feito com a Tertúlia Tauromáquica Terceirense, através da disponibilização de pacotes que incluem ingressos para touradas de praça durante as sanjoaninas e a recente promoção de viagens Açores-Madrid pelo preço mínimo de 199€, apresentando como imagem uma praça de touros, venho manifestar o meu profundo repúdio.

Em vez de promover e apoiar touradas de praça, uma barbaridade condenada por todas as pessoas cultas e sensíveis e cada vez mais repudiada em todo o mundo civilizado, a SATA deveria demarcar-se de tal atividade e promover o respeito pelo bem-estar e pelos direitos dos animais.

Além disso, a SATA e o Governo Regional que a tutela, deveriam promover os Açores, implementando preços de viagens mais acessíveis a quem nos quer visitar e cumprir as promessas de baixar os custos das viagens, nomeadamente para todos os que são obrigados a deslocar-se por motivos de saúde para fora da Região e a todos os açorianos que pretendem deslocar-se às terras onde se encontram espalhados pelo mundo os seus familiares.

Cumprimentos

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Comunicado MCATA: Não mais mortos e feridos nas touradas à corda


Não mais mortos e feridos nas touradas à corda

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) lamenta profundamente a morte de mais uma pessoa, neste caso, a de um homem de 62 anos, durante a realização de uma tourada à corda na ilha de São Jorge. Esta morte é mais uma que vem somar-se à de um homem de 78 anos na ilha da Graciosa, em 2013, e à morte de um homem na ilha do Pico, em 2012. Assim, a trágica estatística das mortes nas touradas à corda na região situa-se, no mínimo, numa pessoa morta por ano.

Para além das pessoas que morrem, o número de feridos graves nas touradas à corda é bastante maior, como indicam os casos que chegam a ser conhecidos apesar de, no geral, raramente serem noticiados. No total, o número de feridos graves e ligeiros nos Açores como consequência das touradas à corda estima-se em mais de 300 em cada ano.

Estes números são necessariamente aproximados em virtude dos feridos e mesmo dos mortos resultantes das touradas à corda, não serem mencionados, na maioria das vezes pela comunicação social. Aliás, é lamentável que, no caso da pessoa recentemente falecida em São Jorge, a comunicação social tenha centrado a notícia exclusivamente nas dificuldades da evacuação médica, que não contestamos, chegando mesmo a não referir, muitas vezes, que a causa primeira da morte foram os ferimentos ocasionados durante uma tourada.

Todas estas mortes inúteis e todos estes numerosos feridos, graves ou ligeiros, poderiam ser facilmente evitados com a definitiva abolição das touradas nos Açores e a sua substituição por eventos culturais que, longe de cultivar a violência e a morte, fomentassem a alegria de viver e o respeito pelas pessoas e pelos animais. É cada vez mais evidente, nos Açores e em todo o mundo, que está na hora de acabar com esta barbárie absurda e sem sentido, permitindo aos povos evoluir e entrar definitivamente num progresso cultural próprio do século XXI.

Porém, longe deste entendimento, as touradas à corda continuam a receber apoios públicos por parte do governo regional e das autarquias açorianas. Os governantes fecham os olhos à realidade e parecem varrer os mortos e os feridos para baixo do tapete.

Mas, ainda são também de lamentar as outras vítimas das touradas à corda: os touros. Infelizmente não são raros os casos de animais que chegam a morrer durante as touradas. São conhecidos casos de touros que morreram de esgotamento e outros que morrem ao embaterem contra um muro. São frequentes também os casos de animais que acabam gravemente feridos, perdendo um ou os dois cornos ao embaterem contra as paredes e muros, ou partindo ossos ao escorregar ou saltar nas ruas. É, ainda, comum ver touros com ferimentos, sangrando e sem que por isso se interrompa a festa.

Apesar de tudo isto, lamenta-se que alguns políticos ainda considerem as touradas como simples “brincadeiras” com os animais.

Partilhando o sentir da maioria da sociedade açoriana, o MCATA considera que não é admissível haver mais nenhuma morte nem mais feridos por causa das touradas à corda.

Por último, o MCATA apela às entidades que têm responsabilidade na matéria para que atuem sem mais demora.


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
03/07/2014




domingo, 29 de junho de 2014

SOS FURNAS



Furnas Valley is a picturesque valley known for its hotsprings, its spas, its tranquility and its natural environment, which is ideal for nature-based tourism.
Recently a bullfight took place in this valley, with the permission of the local authorities. Barbarous events such as bullfights, which go against animal rights, have never been traditional in S. Miguel island, where Furnas Valley is situated. Bullfighting bull breeders ,  by economic interests, are trying to introduce this so-called "tradition" in an island where this custom never existed.
Please help us stop this attempt against animal rights, by sending the following  e-mail to the Mayor of Povoação (to which Furnas Valley belongs), and to the local Furnas local authorities.
To/ para:
geral@cm-povoacao.pt
geral@jffurnas.com

CC:
terra.nostra@bensaude.pt
pnsmiguel.cmif@azores.gov.pt

CCO:
mcatacores@gmail.com

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Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Povoação
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia das Furnas
Dear sirs
The Furnas Valley is one of the most important touristic sites in São Miguel and in the Azores, internationally known for its incomparable nature and for its rich heritage. Places like the Terra Nostra Park, the many hot springs and the Furnas Lake are known references in the context of nature-based tourism.
However, this idyllic image of the Furnas valley can easily be destroyed if events such as the bullfight which took place on the 13th of June in the Queimadas area are allowed. These events which go against animal rights and welfare are not traditional in this island, and will result in the general disapproval of foreign tourists and also of locals who come to Furnas searching for a natural paradise.
In my opinion these barbarian customs based on animal torture and imported from other islands are totally incompatible with the development of a tourism based on nature. And they are also incompatible with a modern municipality which has until now based its tourism strategy in the respect for nature, the environment and animals. If other events of this kind are allowed, many tourists, foreign and national, will begin to avoid visiting the Furnas Valley, with loss of income for hotels, local restaurants and commerce.

It is my intention, if this kind of event is allowed in this area again, I will avoid visiting Furnas Valley, I will avoid staying in its hotels and eating in its restaurants, I will not shop in the local commerce and will not use its spas, or go to Furnas events and exhibitions.
Best regards

(name, country)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

APELO - Tourada nas Furnas



Urgente! Está anunciada para hoje a realização duma tourada à corda nas Furnas, São Miguel, onde nunca houve touradas.

Escreva para a Câmara Municipal da Povoação e a Junta de Freguesia das Furnas. Também para o Terra Nostra Garden Hotel e o Centro de Monitorização e Investigação das Furnas.

PARA:
geral@cm-povoacao.pt
geral@jffurnas.com

CC:
terra.nostra@bensaude.pt
pnsmiguel.cmif@azores.gov.pt

CCO:
mcatacores@gmail.com

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Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Povoação
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia das Furnas


O Vale das Furnas é um dos ex-libris turísticos da ilha de São Miguel e dos Açores, tendo vindo a ser cada vez mais conhecido internacionalmente pelos seus incomparáveis valores naturais e pela riqueza do seu património, que felizmente têm sido objecto duma intensa promoção turística nos últimos anos. Assim, locais como o Parque Terra Nostra, as inúmeras nascentes termais ou a Lagoa das Furnas são conhecidas referências no contexto do turismo de natureza da região.

No entanto, esta imagem do Vale das Furnas como um paraíso idílico, como uma das mais belas localidades do arquipélago açoriano, pode ir facilmente por água abaixo se não forem travadas iniciativas que, pretendendo introduzir costumes e tradições alheias, acabarão por suscitar com certeza o repúdio generalizado dos turistas estrangeiros e também dos próprios micaelenses que até agora procuraram nas Furnas o seu pequeno paraíso natural.

Assim, foi com enorme surpresa que vi anunciada a realização duma tourada à corda na zona das Queimadas, a realizar neste dia 13 de Junho, às 20h, organizada pelo “Império da Santíssima Trindade”.

Considero que estes costumes bárbaros baseados no maltrato animal e importados agora de outras ilhas são totalmente incompatíveis com o desenvolvimento dum turismo de natureza. E são também totalmente incompatíveis com um município moderno que tem baseado até agora a sua estratégia turística no respeito pela natureza, pelo ambiente e pelos animais.

Se este espectáculo chegar a realizar-se não duvidem que os turistas estrangeiros e muitos turistas micaelenses começarão a evitar visitar o Vale das Furnas. De nada hão de servir então todas as melhoras ou investimentos realizados nos hotéis, nas termas, nos centros de interpretação ou no comércio local.

Também não duvidem que no sucessivo eu próprio evitarei visitar o Vale das Furnas, evitarei a sua até agora excelente oferta hoteleira e de restauração, evitarei consumir no comércio local, evitarei frequentar as suas termas, evitarei visitar magníficos eventos como a exposição de camélias e evitarei visitar os seus centros de interpretação.

Assim, venho apelar a V. Ex.ª para que seja retirada imediatamente a licença municipal e evitada a realização deste evento.

Com os melhores cumprimentos

(Nome, Localidade)

domingo, 6 de abril de 2014

280 MIL EUROS para touradas. Crise, qual crise?

Mais 280 mil euros, com os nossos impostos e apoio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, para violentar animais nas Sanjoaninhas 2014, na Ilha Terceira



sábado, 8 de março de 2014

Protesta contra a violência nos Remédios da Bretanha


Está prevista a realização duma “vacada” na localidade dos Remédios da Bretanha, Ilha de São Miguel, integrada na festa a favor do Império da Trindade.

Apelamos que escreva à Câmara Municipal, à Junta da Freguesia e ao Bispo dos Açores para impedir que o referido “espetáculo” se realize, e que divulgue  por todos os seus contatos. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.

Bcc: mcatacores@gmail.com

Pode também introduzir o texto no portal da Câmara:

_________________________________________________________

Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia dos Remédios da Bretanha
Exmo. e Revmo. Senhor Dom António de Sousa Braga

Exmos. Senhores,

Está programada, para dia 8 de Março, a realização duma “vacada”, integrada no programa da festa a favor do Império da Trindade nos Remédios da Bretanha, em Ponta Delgada.

- Considerando que as touradas ou “vacadas” em nada contribuem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos;

- Considerando que põem em risco, de forma absurda, a integridade física e até em algumas ocasiões a vida das pessoas;

- Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, não havendo nem sequer qualquer tipo de tradição para este tipo de espetáculos no Município de Ponta Delgada ou na ilha de São Miguel;

- Considerando que o Município de Ponta Delgada deveria ser visto como um município moderno e como um exemplo de respeito pela natureza, pelo ambiente e pelos animais, não ficando associada a sua imagem à prática deste tipo de eventos retrógrados;

- Considerando também que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espetáculos alheios de caridade cristã;

Vimos apelar a V. Ex.ª para que seja retirada a licença municipal à realização deste evento ou que a “vacada” seja retirada do programa da festa a favor do Império da Trindade.

Melhores cumprimentos
(nome e localidade)


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A propósito das recomendações da ONU

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) congratula-se com o reconhecimento por parte do Comité dos Direitos das Crianças da ONU de que a tauromaquia é um espectáculo violento que coloca em risco a saúde física e mental das crianças que assistem ou participam nela.


Que a tauromaquia é um espectáculo violento é um facto de inegável evidência. Na arena o animal é progressivamente torturado, sofre o espetar de ferros de 6 cm, os seus músculos do pescoço são seccionados e perde uma abundante quantidade de sangue. Ao que ainda é preciso acrescentar toda a tortura a que o animal é submetido antes e depois do espectáculo, onde acaba por ser abatido.

São conhecidos vários estudos realizados por psicólogos de diferentes países que alertam para os riscos existentes para a saúde mental das crianças que são obrigadas a assistir à violência dos espectáculos tauromáquicos. Podemos citar, por exemplo, os estudos do Dr. Jean-Paul Richier, que recentemente enviou ao presidente do governo dos Açores e à Assembleia Regional uma carta alertando para esses perigos.

O MCATA considera também positiva a medida do governo da República de elevar para doze anos a idade mínima para assistir a espectáculos tauromáquicos, ainda que ache que esta medida é claramente insuficiente pelo facto de não proteger as crianças a partir dessa idade. No entender de diversos estudos, a assistência a qualquer espectáculo violento desta natureza nunca deveria ser permitida a menores de 16 anos.

O MCATA quer ainda alertar para a grave situação de desrespeito pelos direitos das crianças que se vive repetidamente na ilha Terceira. Ano após ano, durante as Sanjoaninas é organizada, na praça de touros, uma “tourada para crianças”, espectáculo sangrento onde os touros são submetidos à tortura das bandarilhas e onde participam crianças em contacto directo com os mesmos. Também é organizada na rua uma “espera de gado para crianças”, onde estas são expostas a um evidente perigo físico. Além do referido, é ainda possível verificar em todas as touradas organizadas na ilha Terceira a presença ilegal de crianças menores de seis anos entre os espectadores, chegando-se ao cúmulo de, em algumas touradas, ser oferecida a entrada gratuita aos menores de dez anos.

Todas estas situações têm sido repetidamente denunciadas pelo MCATA. Mas o governo regional e as autarquias, financiadores destes eventos, nunca tomaram as devidas medidas para proteger as crianças, naquilo que constitui um vergonhoso desrespeito pelos seus direitos.

O MCATA confia em que, para bem das crianças e do progresso civilizacional, a recente decisão da ONU venha a fazer reflectir as autoridades regionais e locais e se traduza na tomada de medidas que acabem com a vergonhosa situação existente nos Açores.


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da
Tauromaquia nos Açores (MCATA)
26/02/2014


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A ONU e as touradas


O Comité dos Direitos das Crianças da ONU aconselha Portugal a criar legislação que restrinja a participação de crianças em  touradas, quer como participantes quer como espetadores, mostrando preocupação com os efeitos na saúde física e mental dos menores.


"O Comité está preocupado com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em treino para touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espetadores que são expostas à violência das touradas", refere um relatório hoje divulgado por aquele organismo das Nações Unidas.

Por isso, é recomendado que Portugal tome medidas legislativas para proteger todas as crianças envolvidas em touradas, "tendo em vista uma eventual proibição".

O Comité sugere que uma das medidas seja a imposição de uma idade mínima de 12 anos para treino ou frequência de escolas de tauromaquia e de seis anos para assistir a espetáculos com touros.

"O Comité também exorta o Estado para empreender medidas de sensibilização e conscientização sobre a violência física e mental associada às touradas e o seu impacto nas crianças", refere o relatório hoje apresentado.

Esta questão sobre a participação das crianças em touradas ou escolas de tauromaquia foi apenas um dos aspetos analisados pelo Comité da ONU sobre a situação portuguesa no que respeita aos direitos das crianças.

A próxima avaliação de Portugal será feita em outubro de 2017.


Lusa, 5 de Fevereiro de 2014


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Os valores da festa brava




Os valores da festa brava

(e um Fórum que foi declarado de reconhecido interesse público)


In his biological writings, Aristotle (384–322 bc) repeatedly suggested that animals lived for their own sake, but his claim in the Politics that nature made all animals for the sake of humans was unfortunately destined to become his most influential statement on the subject. (Encyclopaedia Britannica, Animal rights)

Em 1952 escrevia meu Pai, na introdução de pequeno livrinho que então publicou, o seguinte: “Há na Sagrada Escritura dois provérbios característicos pela sua aparente contradição. Um diz: não respondas ao louco segundo a sua loucura, para não vires a ser semelhante a ele. O outro aconselha: responde ao louco segundo a sua loucura, para que ele não imagine que é sábio. Perante a nota de reportagem “Festa brava oferece “escola de vida” – presente no Diário Insular, na sua edição de 28/Jan. do ano corrente, onde se apresentam algumas conclusões do III Fórum Mundial da Cultura Taurina, durante algum tempo, vacilando entre os dois conselhos, hesitei em “responder”, isto é, em pronunciar-me sobre o assunto…mas tal como em tempos decidiu meu Pai, decidi-me hoje pela resposta.

As referidas conclusões, que foram lidas por um conhecido autor de obras sobre a “corrida” e defensor da cultura tauromáquica, o filósofo e professor Francis Wolff, apontam constantemente para os “valores” ligados à tauromaquia, não os identificando ou concretizando porém (e por que não? Pensar-se-á, acaso, que todos os “valores” são desejáveis e moralmente defensáveis?) enquanto parecem reflectir o sentimento dos participantes, que será de perseguição perpetrada pelos ferozes anti-taurinos - que surgem em toda a nota como os maus da fita.

Anti taurina ou, mais bem dizendo, anti-tauromaquia como me assumo, e isto desde que aos seis ou sete anos de idade assisti a uma tourada à corda e acto contínuo me coloquei, mentalmente, ao lado do animal desnorteado e confuso - que claramente vi como o mais fraco - jamais persegui, insultei ou injuriei quem quer que fosse por pensar de modo diverso daquele que reconheço como o meu, muito embora possa, evidentemente, lamentar que se torne ainda necessário a alguns, no momento evolutivo em que a espécie se encontra, demonstrar em praça pública que são mais espertos do que um touro – o que é forçosamente sempre verdade, mesmo para o mais bronco exemplar de homo sapiens sapiens que possamos imaginar. Porque dos valores da cultura taurina, tantas vezes referidos, nomeadamente nestas conclusões, mas raramente identificados pelos seus defensores, imagino eu que o principal será a modalidade de coragem que leva um humano de físico comparativamente insignificante a se colocar perante um bicho irracional, mas dotado de poderosos músculos - coragem essa que não me parece lá muito superior, porém, à de algum desocupado que finte uma locomotiva que não consegue, por si mesma, sair dos carris onde foi colocada. Claro que pode acontecer um acidente, uma escorregadela, um tropeção, e num acaso, ser colhido o homem, que nesta insensatez perde a sua irrepetível vida, na tentativa de demonstrar mais uma vez o que toda a gente já sabe. Mas, em princípio, é sabido que o touro procurará a capa que esvoaça, tal como é sabido que a locomotiva não sairá dos carris – e com um bocado de sorte ninguém tropeçará.

Bastante maior coragem revela, quanto a mim, o boxeur que enfrenta um seu semelhante em força física, habilidade e inteligência, muito embora o fomento do pugilismo também não esteja nos meus planos culturais para a terra onde nasci.

Aprecio a coragem e a destreza físicas, mas mais defendo a promoção de um outro tipo da mesma, que passe muito menos pelos músculos e muito mais pela força de carácter, que tenha pouco de esperteza saloia e muito de honesto aprumo, que encare o mais fraco como destinatário dos cuidados e da sabedoria do mais forte – e nunca como objecto de diversão ou de libertação de instintos sádicos, de que é alvo fácil. No confronto homem-touro, este é o mais fraco, e não ao contrário – assim o vi naquela tourada à corda de há muitos anos, assim o vejo hoje.

Como se pode afirmar que, e transcrevo: “Contra o doutrinamento do politicamente correcto a tauromaquia tem-se como uma experiência de beleza, paixão, inteligência, que deveria ganhar espaço como modelo de comportamento, para uma sociedade que vai perdendo as suas referências essenciais” no contexto de um evento que foi, se a memória me não falha, subsidiado por dinheiros públicos - que são administrados e atribuídos por políticos - em pelo menos 60000 euros? Por outro lado, serão porventura, para os participantes deste Fórum, referências essenciais da nossa sociedade o conseguirmos divertimento (e proventos económicos, talvez um outro dos valores que não são explicitados) à custa do sofrimento e da confusão de animais irracionais? Se assim for, pois é bom que se percam; eu advogo, e outros como eu advogarão, o surgimento de uma sociedade em que as referências passem pela compaixão, que não pelo sadismo; pela elevação artística, que não pelo divertimento boçal; pela sabedoria, numa palavra, que nos levará a compreender o nosso lugar no planeta como guardiães atentos, que não como usuários aproveitadores, desinteressados do dia de amanhã que de qualquer modo não nos atingirá - e já agora aí vai outra expressão que está muito em moda, como está esta dos “valores” - dado que uma das minhas referências para a sociedade que almejo é, precisamente, o desenvolvimento… sustentável.

Muitas vezes tenho constatado com tristeza que, neste meio onde vivemos, parece não ser necessário compreendermos a fundo o significado das palavras para as repetirmos de modo considerado oportuno.

Mas voltando à questão, todos estamos no mesmo barco, homens, touros e árvores; mas só uma das espécies viventes apresenta o apodo duplo de sapiens, que, muito embora se trate de uma auto-denominação, deveria implicar forte responsabilização do mais sábio, logo mais forte, pelos mais fracos.

É verdade que os participantes do Fórum em questão, mai-lo seu porta voz e aficionados em geral, têm em pleno a liberdade de não concordar com a minha postura, nestas linhas expressa, de apreciar uma actividade que outros reputam atávica, desprovida de dignidade e cruel, e até de a praticar, pelo menos enquanto as leis do nosso país o permitirem. Não podem é supor que acreditamos que o rei traz vestido um esplêndido fato quando afinal vem o mais nu que é possível, e isto por muito filósofo (e especialista em Aristóteles), que seja o porta voz das conclusões… Aristóteles, que aliás e por não dizer sempre a mesma coisa, acabou por ficar com as famas de entender a existência dos animais para exclusivo proveito dos seres humanos - quando afinal, se o disse, também disse o contrário. Mas que trapalhão.

E, para terminar, que me seja permitido dizer que a bela ilha Terceira, tão cheia de (outras) tradições interessantes e de grande importância em termos culturais (e bastará lembrar aqui o seu valiosíssimo corpo folclórico musical, que me é tão próximo e não cesso de admirar) não precisa de nada disto para se confirmar como um destino turístico de primeira água, que manifestações desta natureza só poderão, infelizmente, deslustrar.

Respondi! e disse.
Maria Fraga


Fonte:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200580034982820&set=a.1530868091126.61304.1817484358&type=1&theater



domingo, 19 de janeiro de 2014

Proteste: não mais dinheiros públicos para as Touradas



APELO
Não mais dinheiros públicos para as Touradas.
Não fique indiferente
Entre em ação


Nos próximos dias 24, 25 e 26 de Janeira vai realizar-se o “III Fórum da cultura taurina”, em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira (Açores). Escreva um e-mail aos governantes, deputados e autarcas dos Açores e aos patrocinadores. Pode usar o texto abaixo ou personalizá-lo a seu gosto.


Para:
presidencia@azores.gov.pt, presidente@alra.pt, asantos@alra.pt, aluis@alra.pt, abradford@alra.pt, arodrigues@alra.pt, apires@alra.pt, amarinho@alra.pt, apedroso@alra.pt, aventura@alra.pt, anunes@alra.pt, alima@alra.pt, bchaves@alra.pt, boliveira@alra.pt, bmessias@alra.pt, bbelo@alra.pt, cmendonca2@alra.pt,cfurtado@alra.pt, ccardoso@alra.pt, calmeida@alra.pt, clopes@alra.pt, dcunha@alra.pt, dfreitas@alra.pt, dmoreira@alra.pt, fcesar@alra.pt, fcoelho@alra.pt, fsilva@alra.pt, gracasilva@alra.pt, hmelo@alra.pt, inunes@alra.pt, irodrigues@alra.pt, jbcosta@alra.pt, cpereira@alra.pt , jmacedo@alra.pt, jandrade@alra.pt, jmgavila@alra.pt, jcontente@alra.pt, jsan-bento@alra.pt, jparreira@alra.pt, lmartinho@alra.pt, lmachado@alra.pt, lrodrigues@alra.pt, lgarcia@alra.pt, lmaciel@alra.pt, lmauricio@alra.pt, lrendeiro@alra.pt, lsilveira@alra.pt, mpereira@alra.pt, mcouto@alra.pt, mcosta@alra.pt, nmalves@alra.pt, pborges@alra.pt, pestevao@alra.pt, pmoura@alra.pt, pmedeiros@alra.pt, rcbotelho@alra.pt, rcordeiro@alra.pt, rcabral@alra.pt, rveiros@alra.pt, vvasconcelos@alra.pt, zsoares@alra.pt, angra@cm-ah.pt, geral@cmpv.pt, imobiliario@cemah.PT, matpalicemoderno@gmail.com,acoresmelhores@gmail.com


Exma. Senhora Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores Exmo. Senhor Presidente do Governo Regional dos Açores
Exmos (as) Senhores (as) Deputados (as) da Assembleia Legislativa Regional dos Açores
Exmos Senhores Presidentes da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e da Câmara Municipal da Praia da Vitória
Exmos Senhores Patrocinadores

Mais dinheiro público para a tortura animal nos Açores

A avultada quantia de 90.000 euros é o dinheiro que vai custar aos açorianos a realização do chamado “III Fórum da cultura taurina” de 24 a 26 de Janeiro na ilha Terceira, sendo 60.000 euros diretamente aportados pelo governo açoriano e o restante pelas autarquias terceirenses e outros apoios. Num momento em que não há dinheiro para nada que seja a favor da vida, da saúde ou da educação dos açorianos, há sempre dinheiro público para financiar escuros congressos sobre uma prática, a tauromaquia, progressivamente rejeitada por todas as sociedades civilizadas e que nada de bom traz para a região.

Mais questionável ainda é o financiamento público deste evento quando na sua anterior edição, há dois anos, esse mesmo dinheiro público foi utilizado pelos organizadores para realizar, à vista de todos, um espetáculo com sorte de varas, prática de tortura proibida em Portugal e expressamente rejeitada pela Assembleia Regional. A realização deste ato ilegal, que ficou impune apesar dos vários protestos realizados dentro da própria Assembleia Regional, não mereceu nenhum tipo de desculpa por parte dos organizadores nem nenhuma explicação por parte do governo regional. Dois anos depois, o governo volta a financiar e premiar com dinheiro público os mesmos organizadores, se calhar para a realização dos mesmos fins.

Não deixa também de ser chocante que este evento seja apoiado pela Secretaria Regional do Turismo, quando a prática da tortura animal é totalmente incompatível com a promoção turística da região como um destino de turismo verde e de natureza. Não podemos esquecer que, por exemplo, no verão passado um grupo de cerca de 85 turistas alemães cancelou a sua vinda aos Açores depois de ver imagens de touradas realizadas na ilha Terceira. Assim, a Secretaria parece estar a utilizar dinheiros públicos para destruir a sua própria política de promoção turística.

Da parte dos organizadores do evento, da Tertúlia Tauromáquica, ouvimos declarações delirantes como dizer que a defesa da tauromaquia inclui valores ecológicos, culturais, sociais, educativos, solidários e económicos. Deveriam antes falar do ecológico que é a ocupação de zonas da Rede Natura 2000 para a criação do gado utilizado nas touradas. Deveriam falar do educativo que é obrigar as crianças a ver animais a ser torturados em espetáculos de sangue e violência contra touros e cavalos. Deveriam falar de solidariedade às famílias das pessoas que são feridas ou mortas cada ano nas touradas. Deveriam falar dos mais de 580.000 euros de fundos públicos que são gastos anualmente na tauromaquia nos Açores. Como exemplo temos o orçamento da câmara de Angra do Heroísmo para 2014, que vai gastar 125.000 euros só numa feira taurina, quando em todo o ano gastará apenas 52.000 euros em ação social.

Por todas estas razões, a realização deste evento vergonhoso para os Açores deveria ser cancelado e o dinheiro público ser bem gasto na realização de políticas que beneficiem realmente as famílias açorianas.

Cumprimentos