sexta-feira, 25 de março de 2016

Proteste contra o abuso de crianças na semana da ciência





PROTESTE
Solicita-se a colaboração de tod@s para o ENVIO e PARTILHA do seguinte texto


Para:
ebi.angraheroismo@azores.gov.pt, dre.info@azores.gov.pt, srec.gabinete@azores.gov.pt, diredacao@diarioinsular.com, acores@lusa.pt


Exma. Senhora Presidente do Conselho Executivo da EBI de Angra do Heroísmo
Exmo. Senhor Secretário Regional da Educação e Cultura

Foi com indiganção e surpresa que tomamos conhecimento, através do programa da XIV Semana da Ciência, promovida pelo Departamento de Ciências da EBI de Angra do Heroísmo, da conferência “A importância da festa Brava na ilha Terceira” integrar o elenco das temáticas.

Não é compreensível que na promoção da ciência - uma área que leva à importância de questionar, de comprovar, da experenciação, da reflexão - tenha sido subtilmente aproveitada para incutir a prática da tauromaquia, em crianças, pré adolescentes e adolescentes.

É pública, no vídeo registado no momento da conferência, a forma como o tema é abordado, incutindo aquela como uma verdade inquestionável, por parte da Dra. Fátima Ferreira, docente do 1º ciclo e ganadera.

Como tal, ressalva-se a indignação pelo lugar e o momento escolhidos para esta acção que, vinda de uma docente, proprietária de uma ganaderia, parece legítimo considerar eivada de intuitos comerciais - a saber uma Escola Pública, onde terá sido forçosamente autorizada pelos respectivos órgãos de gestão, e no âmbito de uma Semana da Ciência, no qual não se compreende a pertinência deste tema integrar um programa no qual o objectivo é despertar e sensibilizar para a ciência.

Desta forma, e tendo em conta toda a contestação aos niveis regional, nacional e internacional de que tem sido alvo a prática da tauromaquia por questões de natureza ética; face aos estudos cientificos que comprovam a senciencia animal; face às recomendações feitas a Portugal pela ONU, através do seu Comité dos Direitos da Criança, no sentido de tomar medidas para proteger os jovens portugueses da violência ligada à actividade tauromáquica, violência da qual não está isenta a tourada à corda; considera-se que o tema supra referido é despropositado, desquenquadrado, abusivo, deseducativo e consequentemente, em todos os sentidos, anti pedagógico.

Vimos pois pedir a Vª Exas, perante o exposto, que sejam tomadas medidas para que esta situação não se repita em nenhuma instituição de ensino, na região.

Com os melhores cumprimentos,





Os touros são agressivos e violentos?




quarta-feira, 23 de março de 2016

Entre em ação: proteste contra a garraiada na Semana Académica




Solicita-se a colaboração de tod@s para o ENVIO e PARTILHA do seguinte texto:

Para: reitoria.gabinete@uac.pt, geral@aecah.com, sasua@uac.pt
Cc: acores@lusa.pt



Magnífico Reitor

Caros/as estudantes

Nos últimos anos têm sido recorrente as manifestações da sociedade repudiando qualquer ato de agressividade e violência infligido a animais, como forma de diversão.

A estas manifestações, aconteçam presencial ou virtualmente, têm-se associado, também, as camadas mais jovens da população, que em movimentos estudantis de diferentes graus de ensino, repudiam aquilo que consideram ser uma prática desajustada aos valores que se pretendem desenvolver e implementar, nos quais se incluem o respeito e bem-estar animal, no que não se inclui a garraiada.

Realça-se a grande inovação e passo civilizacional dado por diversas associações de estudantes que eliminaram dos seus programas da "Queima de Fitas" a prática da garraiada, por diversas universidades em Portugal.

Desta forma, a única tradição de que qualquer instituição de ensino, neste caso concreto a Universidade, deve orgulhar-se e pela qual deve lutar acerrimamente, é a do seu papel como baluarte do conhecimento e da ética.

É por isso que deve questionar regularmente as suas práticas e os seus valores para que estes sejam sempre consentâneos com o papel de charneira que a sociedade lhe imputa.

Pelo seu percurso histórico, a Universidade dos Açores, tem neste campo uma responsabilidade acrescida e não pode, assim, continuar a permitir-se promover atividades que violam o princípio básico de não provocar sofrimento desnecessário.

Devemos contribuir para a difusão de valores como a ética, a solidariedade, a excelência académica, não precisamos nem devemos vitimizar animais em garraiadas e atividades similares para celebrarmos os nossos sucessos.

Por estes motivos manifesto o meu total repúdio, lamentando a continuidade de uma prática tão polémica, nos programas do evento supra referido, relativamente ao campus de Angra do Heroísmo no dia 9 de abril, apelando para que seja definitivamente banida.

Com os melhores cumprimentos e elevada consideração,



terça-feira, 15 de março de 2016

Comunicado MCATA: Mais dinheiro público para financiar um fórum taurino nos Açores



Mais dinheiro público para financiar um fórum taurino nos Açores

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA) vem uma vez mais alertar a sociedade açoriana acerca dos milhares de euros provenientes de dinheiros públicos que serão gastos para financiar um novo “Fórum taurino” na ilha Terceira.

Na edição anterior, realizada em 2014, os açorianos tiveram de pagar a avultada quantia de 90.000 euros para a realização desta reunião de adeptos da prática tauromáquica, correspondendo 60.000 euros a um subsídio atribuído directamente pelo Governo Regional (regista-se que já no ano de 2012 foram atribuídos 75.000 euros).

Ainda não é publicamente conhecido o valor total do subsídio que será concedido para a edição deste ano do “Fórum mundial da cultura taurina”, mas já foi tornado público o valor disponibilizado pela Secretaria Regional da Educação e Cultura. De forma surpreendente, a referida Secretaria (Despacho 273/2016) decidiu atribuir aos organizadores do evento a quantia de 1.200 euros apenas para fazer “medalhas comemorativas” e “presentes de boas-vindas”.

O MCATA considera que se já é absurdo o facto de todos os açorianos terem de pagar do seu bolso milhares de euros para a realização desta reunião de amigos da tauromaquia, ainda mais absurdo é terem de pagar por algo tão pomposo e ridículo como são umas “medalhas comemorativas” do evento.

Num momento de grave situação económica, onde proliferam casos de crescente pobreza, nomeadamente na ilha Terceira, o Governo Regional vai novamente esbanjar dinheiro público para financiar uma reunião sobre uma prática, a tauromaquia, que é rejeitada pela maioria da sociedade açoriana, aquela que precisamente é chamada agora para financiar com toda a pompa e circunstância o objecto do seu repúdio.

Ainda mais questionável é o financiamento público deste evento quando na edição de 2012 o subsídio atribuído foi utilizado pelos organizadores, a Tertúlia Tauromáquica Terceirense, para cometer uma ilegalidade, organizando um espectáculo tauromáquico com sorte de varas, prática proibida em Portugal e expressamente rejeitada pela Assembleia Regional dos Açores. Este acto ilegal, que ficou impune apesar dos vários protestos realizados, mesmo dentro da própria Assembleia Regional, não mereceu até agora nenhum tipo de desculpa por parte dos organizadores nem nenhuma explicação por parte do Governo Regional dos Açores.


Por estas razões, o MCATA considera que a realização deste evento vergonhoso para os Açores, que tanto dano pode fazer ao desenvolvimento turístico da região, deve ser cancelado e o dinheiro público inicialmente destinado ao seu financiamento ser usado em políticas que beneficiem realmente e de forma urgente a sociedade, a economia e a cultura açorianas.


Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
15/03/2016





Tourada... dos estudantes?



A tourada dos estudantes já não é o que era

Por muito que alguns conservadores do que não interessa conservar queriam, as touradas já não são o que eram, estando cada vez mais próximo o seu fim. A sua sobrevivência nos dias de hoje só acontece devido ao forte investimento que desde sempre existiu na habituação dos mais novos e aos apoios públicos que tem recebido dos governos, autarcas e da hipócrita Comunidade Europeia.

Este ano, para desgosto de alguns, a tourada dos estudantes, realizada anualmente em Angra do Heroísmo, não existiu ou foi uma pequeníssima mostra do que foi no seu auge.

Os grandes defensores da aberração em defesa da sua dama alegam a sua antiguidade, a sua sobrevivência ao Estado Novo e a sua necessidade como escola de captação de aficionados/ toureiros.

Começando pelo fim, o saudável desinteresse manifestado pela maioria dos estudantes é sinal de que os tempos são outros e que a tortura de animais para divertimento já teve melhores dias. Além disso, demonstra que o investimento feito anualmente em eventos tauromáquicos para crianças deixou de surtir os efeitos que eles pretendiam, isto é tornar cada criança um adepto da tortura animal.

O argumento de que a tourada dos estudantes se sobreviveu ao Estado Novo também terá de continuar em regime de democracia representativa não faz qualquer sentido.

Não faz sentido, em primeiro lugar porque torturar animais é uma barbaridade que com o aumento do conhecimento que se tem sobre os animais já devia ter sido banida há muito tempo e em segundo lugar porque na tourada dos estudantes nunca ninguém levantou a sua voz contra os ditadores que governaram Portugal durante 48 anos.

A este propósito convém recordar que foi durante o Estado Novo, que a tourada dos estudantes atingiu o ponto máximo da tortura animal, tendo nos primeiros anos revestido a capa da solidariedade social, a favor da Caixa Escolar do Liceu de Angra, em 1933 e 1936 ou do Dispensário Antituberculoso, em 1935.

Ainda sobre a balela da tourada poder eventualmente incomodar o Estado Novo, pouco há a dizer já que não seriam os filhos dos “fidalgos pobres” e afins, serventuários do regime, que iriam contestar alguma coisa. Além disso, o Estado Novo servia-se da tauromaquia para divertimento dos seus seguidores e do povo em geral e para colmatar as suas falhas em termos de apoio social. A título de exemplo, cita-se a realização de uma tourada, em 1946, com a presença do Ministro da Guerra Fernando Santos Costa e das autoridades civis e militares da ilha, a realização de touradas a favor da Legião Portuguesa (em 1939), da Mocidade Portuguesa (em 1941) e a favor ou promovida pelo Movimento Nacional Feminino (em 1971, 1972 e 1973).

Sobre a tourada dos estudantes propriamente dita, começou por ser semelhante a todas as outras, com os animais a serem torturados sem apelo nem agravo, passando mais tarde a ser mais “brincadeira de rapazes e de algumas raparigas”, onde já não eram cravados ferros, como acontecia nos primeiros anos da década de 80 do século passado, onde o cortejo constituía o principal da festa.

Hoje, quando em todo o mundo se caminha para a abolição de uma prática retrógrada e bárbara, não faz qualquer sentido o regresso aos primeiros anos, de tortura extrema, nem mesmo aos tempos em que a tortura física foi mais atenuada.

Para quem viveu assistiu ou mesmo participou numa tourada dos estudantes, mas que fruto das leituras e da reflexão pessoal chegou à conclusão de que o uso de animais para divertimento não faz qualquer sentido, apenas fica alguma mágoa pela não realização do desfile, pelas ruas de Angra do Heroísmo.

Os jovens de hoje e os do futuro, estamos certos, encontrarão outras formas e meios de exteriorizar o seu humor e a sua irreverência.

Parabéns à juventude terceirense que já não participa em touradas.

J.A.




quarta-feira, 9 de março de 2016

Graciosa: 150.000 euros para as Festas e a Feira Taurina


Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa: 150.000 euros para as Festas de Santo Cristo e a Feira Taurina.




"Manuel Avelar Santos, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, disse que a Feira Taurina e as Festas de Santo Cristo são os pontos altos em termos económicos na ilha, por isso é importante continuar a aposta nestes eventos, que trazem muita gente à Graciosa." (Rádio Graciosa, 01/03/16)