sábado, 27 de maio de 2017

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Comunicado MCATA: Cerca de 200 mil euros para touradas nos primeiros meses do ano e atividade declarada de utilidade pública


Cerca de 200 mil euros para touradas nos primeiros meses do ano e atividade declarada de utilidade pública

O Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores (MCATA) considera completamente despropositado que, só nos primeiros meses de 2017, instituições públicas açorianas como o Governo Regional e as Autarquias tenham gasto 182.809 euros de dinheiro público em financiar as touradas e o mundo das touradas.

Enquanto várias entidades declaram que têm faltas de recursos, incluindo monetários, para combater os problemas sociais que atingem a sociedade açoriana a torneira dos subsídios (montantes discriminados no fim) para tauromaquia está sempre aberta.

O MCATA considera, também, escandalosa a recente decisão do Presidente do Governo Regional, da Vice-Presidência do Governo Regional e da Secretaria Regional da Educação e Cultura, de declarar, pelo Despacho n.º 662/2017 de 29 de Março, a Tertúlia Tauromáquica Praiense como uma entidade de “utilidade pública”.

Em pleno século XXI e depois da Assembleia da República ter reconhecido aos animais a sua natureza de seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica é inconcebível que a promoção de “touradas de corda e de praça” seja equiparada à dedicação “ao bem-estar da comunidade em geral”.

Para o MCATA, o Governo Regional dos Açores persiste em confundir maus tratos aos animais com bem-estar público e ignora os valores defendidos pelo Decreto-Lei n.º 391/2007 de 13 de Dezembro, que regula o reconhecimento das pessoas coletivas de utilidade pública, que determina que estas entidades devem desenvolver uma “intervenção em favor da comunidade em áreas de relevo social tais como a promoção da cidadania e dos direitos humanos, a educação, a cultura, a ciência, o desporto, o associativismo jovem, a proteção de crianças, jovens, pessoas idosas, pessoas desfavorecidas”.

O MCATA apela a todas as pessoas de bom senso e bom coração para prosseguirem a sua luta em defesa de uma sociedade melhor para todos os seres vivos, onde não são esquecidos os novos valores como a defesa do bem-estar e dos direitos dos animais e denuncia todos os que contra a corrente persistem em difundir valores caducos, e apoiar tradições retrógradas e vergonhosas, baseadas no maltrato e a tortura de animais, de que a tauromaquia é infelizmente o máximo exponente.

Até quando os governantes dos Açores vão continuar a subsidiar e a fomentar práticas anacrónicas?

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Os gastos públicos em financiamento das touradas em 2017 incluem até agora:

- Câmara Municipal de Angra do Heroísmo / Orçamento municipal / Feira taurina de São João de 2017 / Tertúlia Tauromáquica Terceirense / TOTAL: 100.000 €.

- Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa / Orçamento municipal / Espectáculos musicais e taurinos das festas de Santo Cristo de 2017 / Associação PRODIB / TOTAL: 50.000 €.

- S. R. da Agricultura e Florestas / Portarias n.º 294 e 295/2017 de 10 de Março de 2017 / Melhoramento e Sanidade Animal / Albino Explorações Ganadeiras Unipessoal e outros (20) / TOTAL: 22.575 €.

- S. R. da Educação e Cultura / Despacho n.º 673/2017 de 3 de Abril de 2017 / Realização de colóquios e exposição itinerante sobre a tourada à corda na ilha Terceira / Tertúlia Tauromáquica Terceirense e André Mancebo Pimentel / TOTAL: 6.990 €.

- S. R. da Agricultura e Florestas / Portarias n.º 446/2017 de 6 de Abril de 2017 / Apoio ao investimento nas explorações agrícolas / Associação Regional de Criadores de Toiros de Tourada à Corda / TOTAL: 3.244 €

- TOTAL: 182.809 €




Comunicado do
Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores (MCATA)
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/
25/05/2017





quarta-feira, 24 de maio de 2017

Seis mil euros para grupo de forcados



Forcados incultos

A 18 de julho de 2007, um grupinho de meninos educados na ilha Terceira na arte de bem torturar animais decidiram criar uma associação que tem por objeto principal “a pega na garraiada da queima das fitas”. Quando não há animais para importunar a associação, também, pretende “a união e agregação de açorianos estudantes em Coimbra, pois não existe nenhuma outra "organização" em Coimbra que os represente ou que os possa agregar.”

A denominada “Associação Grupo de Forcados Açoreano Tremores de Terra” é, segundo os seus responsáveis, “o mais antigo grupo de forcados existente na região de Coimbra” que “tem contado com a colaboração do Grupo de Forcados da Escola Agrária de Coimbra”.

Este ano, como a tortura de animais já passou de moda, decidiram organizar um Encontro de Estudantes Açorianos que contou com a colaboração do Governo Regional, que comparticipou com cinco mil euros, e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, que atribuiu um apoio financeiro no valor de mil euros.

Do que conhecemos do programa do encontro não constou nenhuma prática de tortura animal, mas não deixa de ser estranho um encontro de estudantes que pretendeu discutir, entre outros assuntos “a Autonomia dos Açores, as potencialidades da Região para o regresso dos estudantes que se encontram no exterior” seja organizado por uma associação que tem por objetivo principal atormentar e maltratar bovinos.

J. Ormonde