Um grupo de cidadãos e cidadãs dos Açores lançou no passado dia 23 de Março uma petição dirigida ao Governo Regional dos Açores, Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e Grupos Parlamentares apelando à criação de legislação que ponha fim aos apoios públicos à tauromaquia nos Açores.
A Petição vem também na sequência de outras acções de cidadãos como foi o envio de Cartas de Repúdio ao financiamento público ao Fórum taurino realizado em Janeiro, na ilha Terceira, mais tarde seguidas de um Pedido de Esclarecimento assinado por mais de 100 pessoas, acerca de uma Sorte de Varas, prática ilegal, realizada no mesmo fórum, enviado à ALRA e Grupos Parlamentares.
Para além das questões éticas de defesa animal, científicas e ecológicas, os peticionários mencionam as dificuldades vividas no arquipélago, fruto do desinvestimento na qualidade e dignidade de vida das pessoas, defendendo que os milhões entregues à tauromaquia deveriam antes ser investidos na melhoria das condições de vida da população.
Os peticionários solicitam que a Região Autónoma dos Açores tome as devidas medidas legislativas para dignificar as pessoas, o bom uso do dinheiro público e o bom nome da daquela região, proibindo qualquer apoio financeiro ou logístico por parte de entidades públicas à tauromaquia, à semelhança do que foi feito pelo socialista Defensor Moura, pioneiro em Portugal ao declarar Viana do Castelo concelho livre de touradas.
Exigem ainda “que a Região invista acima de tudo, e antes de mais, nas necessidades básicas dos Açorianos, como é a educação, saúde, habitação, acção social, transportes e criação e fixação de postos de trabalho, considerando sempre a preservação, defesa e respeito pela natureza, e pelo próximo, nos Açores.”
Os autores criaram também um blogue (http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/) onde se pode acompanhar todas as novidades desta iniciativa cívica. Nas primeiras 48 horas a petição foi assinada por mais de 600 pessoas. Até ao envio desta nota a petição contava com mais de 700 assinantes e será entregue ainda a tempo de ser discutida durante a corrente legislatura.
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