Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia nos Açores
MANIFESTO
Pelo fim da tauromaquia nos Açores
MANIFESTO
Pelo fim da tauromaquia nos Açores
Desde
o século XIX, muitas têm sido as vozes açorianas que se têm
insurgido contra as práticas tauromáquicas, entre as quais se
destacam:
a escritora Alice Moderno, o médico Alfredo da Silva Sampaio, o
militante social Adriano Botelho e o professor universitário Aurélio
Quintanilha.
É
cada vez maior o número de pessoas que entende a tauromaquia como
uma expressão de insensibilidade e violência,
que deseduca e anula o sentido crítico individual e coletivo.
Nos
últimos anos, têm sido publicados estudos que reconhecem que
crianças e adultos que assistem a práticas tauromáquicas tornam-se
pessoas tendencialmente mais agressivas e violentas.
A
ciência comprova que a tourada, como conjunto de práticas cruentas,
é causadora de dor e sofrimento a mamíferos que, como os touros e
os cavalos, têm um sistema nervoso muito parecido com o humano.
Estando
as sociedades em constante evolução, a tradição não pode servir
para legitimar ou justificar a continuação de práticas cruéis e
violentas. Por esse motivo e pelo reconhecimento de que uma sociedade
que se diverte perante o sofrimento alheio não é uma sociedade
saudável, são cada vez mais os países, regiões e municípios por
todo o mundo a proibir a prática da tauromaquia e outros espetáculos
violentos com animais.
Nos
Açores,
tal como no resto do país, num
contexto socioeconómico de dificuldades extremas para o cidadão
comum, o estado continua a financiar a tauromaquia com milhões de
euros do erário público, sem que isto tenha qualquer impacto no
desenvolvimento da economia, beneficiando apenas um pequeno grupo de
empresários tauromáquicos.
Para
combater e contribuir para a alteração da situação atual,
o Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores (MCATA)
organiza-se como um
coletivo informal de pessoas que apoia a total abolição de todas as
práticas tauromáquicas e adota os seguintes princípios:
● Independência
face a qualquer outro tipo de grupo social constituído, como
partidos políticos, organismos oficiais, grupos económicos, crenças
religiosas ou outros grupos de interesse;
●
Sem fins
lucrativos, todo o trabalho é estritamente voluntário;
● Sem quaisquer
hierarquias, é privilegiada a discussão e o consenso como principal
método de tomada de decisões.
● A
não-violência, o respeito pelo outro e o diálogo estão na base de
todas as iniciativas e intervenções.
O
MCATA faz um
apelo à união de todas as pessoas que lutam pela abolição da
tauromaquia e defende a cooperação solidária com todas as
organizações abolicionistas da região, e também ao nível
nacional e internacional.
Por
último, o MCATA compromete-se a lutar para que a Região Autónoma
dos Açores acabe com qualquer apoio logístico e financeiro à
tauromaquia e invista,
antes de mais, nas necessidades básicas
dos
cidadãos, como a educação, a saúde, a habitação, a ação
social, os transportes e na criação e fixação de postos de
trabalho, considerando sempre como uma prioridade a conservação,
defesa e respeito pelo ambiente, e pelo próximo, nos Açores.
Por
uma região sem crueldade e sem violência, junta-te ao MCATA!
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